sexta-feira, 2 de setembro de 2016

ÚLTIMAS VOLTAS

Foto: Getty Images
O que era tendência virou confirmação. Mesmo assim, não deixou de ser uma bomba, surpresa, chocante e até triste. Felipe Massa convocou a imprensa para anunciar que está se aposentando da F1 no final da temporada. Fim da linha para quem irá ficar no circo da F1 por 15 anos e 250 GPs.

Esse post não irá fazer retrospectiva ou análise muito elaboradas até aqui. É um espaço para registro do que será feito no futuro: Especiais de várias partes contando a biografia do piloto desde as corridas de kart no Brasil até a data final, no dia 27 de novembro. Semana que vem irei tentar fazer uma crônica que relaciona a F1 do passado e do futuro com a minha vida, também do passado ao futuro.

Foto: Divulgação
A decisão foi tomada em julho. Até a família se surpreendeu, mas Massa já estava decidido. Comunicou a chefe Claire sua decisão. A diretora não aguentou e chorou de emoção. Massa é um dos pilares da reconstrução da Williams nos últimos três anos. Com o novo regulamento, a experiência do brasileiro foi fundamental para o ajuste dos pilares que tornaram a Williams competitiva de novo. Além do motor, sua experiência na área de desenvolvimento do carro proporcionou um feedback importantíssimo para a Williams alcançar bons resultados com ele e Valtteri Bottas.

Enfim, o post não é para isso hoje. Como escrevi há menos de duas semanas atrás no post do Futuro dos Veteranos, era a melhor decisão a ser feita. Com a queda de desempenho do carro, que acentuou sua própria "decadência", era difícil para Massa arranjar algo melhor na F1, pela idade e o contexto que carrega. É um fim digno. Serão oito corridas onde irá desfrutar fazer o que mais ama, com o respeito, admiração, homenagens e muitos bolos dos fãs, imprensa e paddock. Não precisou se rastejar para uma equipe menor ou ser "convidado a se retirar". Agora é o momento de aproveitar a presença de Massa no cockpit de um carro. A ficha ainda vai cair quando o fim se aproximar.

Massa, Barrichello e tantos outros não têm o respeito que merecem, principalmente dos leigos que não entendem nada, que só acompanham o esporte quando um brasileiro está bem, é "viúva" saudosista e mesmo assim comenta sem noção sobre o assunto. A maioria covarde xinga na Internet. Massa tem muito mais prestígio dentro da F1 e dos fãs do Exterior do que do próprio país, que só valoriza campeões, e quem não é campeão é um "fracassado". Muitos pilotos se surpreenderam e lamentaram sua decisão de sair - Sainz, Vettel, Raikkonen, Bottas, além das ex-equipes Ferrari e Sauber. Ele é muito querido no paddock, por ser um cara muito gente boa, divertido e de família. Tenho certeza que Massa será muito bem tratado nesse suspiro final de sua carreira na F1.

E o futuro? Bem, Massa pode correr onde quiser, e se quiser. WEC, DTM, F-E, Stock? Não faço a mínima ideia. Ele é jovem ainda, tem 35 anos. Dá para competir em alto nível nessas categorias por mais algum tempo. A situação não ajuda Nasr, pois Button deve retornar a Williams para se aposentar por lá também. Com isso, Vandoorne finalmente será titular da McLaren e Pérez tem tudo para fechar com a Renault. Nasr está ficando sem opções: Ou fica na fraca Sauber ou tenta dar um jeito (por isso a reunião com Temer: Arrecadar mais fundos para brigar por vagas em escuderias maiores) de arrumar mais grana e intensificar contatos com Renault, a própria Williams ou Haas. Enfim, me alonguei demais no futuro. A possibilidade do Brasil ficar sem pilotos em 2017 é real. Bernie Ecclestone terá que mexer os pauzinhos para não perder um importante mercado da categoria. O que irei me referir sobre o futuro e outros aspectos nos posts adiante é um lado pessoal que se mistura com a F1, é claro.

 Desde já, muito obrigado, Massa! Muitas emoções irão por vir! Apenas isso que posso escrever. Até!

Foto: Divulgação

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